Agora em Paris, o Brasil chegou na semifinal com uma campanha perfeita, venceu todos os jogos por 3 a 0. Quênia, Japão e Polônia pela fase de classificação e a República Dominicana nas quartas de final. As vitórias sobre japonesas e polonesas tiveram um sabor especial, já que as duas adversárias foram responsáveis por tirar o Brasil da Liga das Nações de vôlei feminino este ano, após uma campanha invicta até as semifinais. As asiáticas tiraram a seleção da final e a Polônia levou a melhor na disputa do bronze.
O confronto contou com a presença de atletas ilustres do Brasil, como Rebeca Andrade, Rayssa Leal e Gabriel Medina. Todos medalhistas nos Jogos Olímpicos de Paris.
O Brasil começou mal no passe e os Estados Unidos abriram rápidos 5 a 0 no primeiro set. Zé Roberto pediu tempo, depois fez uma inversão de 5/1 colocando Tainara e Macris nos lugares de Roberta e Rosamaria. A seleção reagiu, e foi pelo bloqueio. Tainara, num simples, Carol e Macris fecharam a rede e logo o time colou no 7/8 contra. Em outro, de Ana Cristina, veio o empate no 12 a 12. Era o caminho da virada. No 15 a 15, Carol e Tainara encaixaram mais dois seguidos e a seleção assumiu o comando do marcador. Thaísa não quis ficar pra trás e socou mais um toco. Já eram três de frente no 19 a 16.
Mas os Estados Unidos não estavam mortos. Dois erros no ataque do Brasil, de Tainara e Gabi, seguido de um contra-ataque, recolocaram elas na frente no 20 a 19. Um ace de Roberta, que voltara para a quadra junto com Rosamaria, deixou tudo igual no 21 a 21 e o final do set foi eletrizante. Melhor para elas, que fecharam no 25 a 23. Foi o primeiro set que o Brasil perdeu em toda a Olimpíada de Paris. Destaque para os sete pontos de bloqueio e para a falta de eficiência de Gabi no ataque, apenas um de onze.
Gabi começou melhor o segundo set. Ainda nos primeiros movimentos, virou duas e bloqueou outra, levando o Brasil a 6 a 3. Os Estados Unidos reagiram e empataram no 8 a 8, num belo contra-ataque de Ogbogu, mas novamente o bloqueio apareceu, agora com Rosamaria, e recolocamos três de frente no 11 a 8. Virou cinco em dois ataques certeiros de Ana Cristina, e seis num toco, mais um, de Carol.
Os Estados Unidos pararam e achar o Brasil, e a distância foi crescendo e chegou a oito no 23 s 15. Parecia definido, mas Rosamaria ficou em dois bloqueios seguidos e, somado a um erro de ataque, elas cortaram três. Zé Roberto pediu tempo, na volta Thaísa cravou do meio e Ana Cristina, que havia começado mal o jogo, sacramentou a grande parcial dela colocando no chão o set point.
O terceiro set pareceu uma repetição do primeiro. Passe ruim, ataque ineficiente e as estadunidenses virando tudo, muito com a ponteira Plummer. Elas foram abrindo sem dificuldade. Dois, três, quatro até chegarem a sete pontos no 17 a 10. Maior defasagem contra a selelão brasileira desde o início do confronto. Nada dava certo para o Brasil, Plummer seguia jogando solta e os Estados Unidos fecharam o terceiro set. O vôlei feminino do Brasil, então, ficou pendurado em Paris.
As jogadoras brasileiras voltaram quentes para o quarto set. A torcida veio junto. Mas as jogadoras dos EUA também chegaram junto. E começou aquele jogo tenso, ponto a ponto. A primeira vantagem que o Brasil conseguiu foi um 13 a 10 com um bloqueio de Carol e um erro de Plummer. As estadunidenses não se entregaram e tentaram reagir, mas valeu a garra das jogadoras brasileiras pra forçar o quinto set. O tie-break, claro, foi um desespero. O Brasil conseguiu abrir dois no 6/4, mas era uma semifinal olímpica e os EUA não deixaram a gente escapar. E assim foi, ponto a ponto, pânico generalizado, agonia infinita, até a última bola cair.
Fonte; R7
Informou; Radio Líder 104