A taxa de letalidade, que é a razão entre o número de mortes e o número de casos de determinada doença, também está maior neste ano em comparação com o ano passado. Nesta terça, o Painel de Arboviroses aponta uma taxa de 0,08 em relação aos casos prováveis e de 5,35 em relação aos graves. De janeiro a dezembro de 2023, as taxas foram de 0,07 e 4,83, respectivamente. Esse indicador é usado para entender a gravidade de determinada doença e como ela afeta a população contagiada.
A taxa de letalidade também é usada para mapear locais em que é necessária a intensificação dos cuidados. No primeiro semestre deste ano, o Ministério da Saúde atualizou uma série de publicações sobre prevenção, diagnóstico e tratamento da dengue voltadas aos profissionais de saúde.
Os manuais e treinamentos ocorreram em todo o país, mas foram intensificados em áreas com histórico mais recente de surtos, como indicaram os boletins epidemiológicos divulgados pela pasta durante a atuação do COE Arboviroses (Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para Dengue e outras Arboviroses).
2024 – 5.009
2023 – 1.179
2022 – 1.053
2021 – 315
2020 – 583
Fonte: Painel de Arboviroses/Tabnet/Ministério da Saúde.
Com 6,4 milhões de casos prováveis de dengue, 2024 já se confirmou como o pior ano da série histórica para a doença no Brasil. Em janeiro, o Ministério da Saúde divulgou previsão de aumento do número de casos, com uma variação entre 1,7 milhão e 5 milhões, mas o esperado era que os casos ficassem abaixo da média de 3 milhões. Entretanto, a margem de 5 milhões de casos foi batida ainda em maio deste ano, em virtude da antecipação da curva de casos.
Além disso, diferente de anos anteriores, o pico de contágio de dengue ocorreu na 12ª semana epidemiológica — que vai de 12 a 23 de março. A título de comparação, em 2023, o pico ocorreu um mês depois, na 15ª semana epidemiológica — entre 9 e 15 de abril.
O número de casos começou a cair a partir de 20 de abril, mas ainda se mantém acima do patamar na comparação com os mesmos períodos do ano passado.
Fonte; R7
Informou; Radio Líder104